sexta-feira, 29 de julho de 2011

Fotos da 1ª Comunhão


O olhar do seu pai sempre me encanta, Enzo, e é uma experiência mágica penetrar nesse vasto mundo chamado Daniel. Ora herege, ora cristão; ora mocinho, ora bandido; ora sério, ora engraçadíssimo - ou seja TOTAL.


Essa é fantástica! Registrada a 1ª Comunhão do nosso Dida - Ah! Moleque...


Enzo, qualquer caminho escolhido é apenas um caminho. O que conta mesmo é pelo que o seu coração vai vibrar. Ao longo da vida você se deparará com muitas escolhas. Não tenha medo de arriscar, não tenha medo de errar, de voltar atrás, de tomar outra direção e lembre-se: Nada por aqui é definitivo. Mas não deixe de ser intenso em suas coisas só porque tomará consciência dessa deliciosa transitoriedade.


Amo essa foto!


E a galera de Cristo toda reunida - Aaaêêê! - Acho massa ver Dida e Nanato próximos, vivendo esse Ritual de Passagem, bem aí na segunda fila (de baixo pra cima - à esquerda do centro).

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Texto de Janine

Enzo, Filho da Minha Alma, tia Janine também conheceu seu pai e tem seguido o blog. É uma figura linda, rara e o que sempre me chamou atenção nela é sua capacidade natural de ser verdadeira. É uma figura que admiro e amo.


Pois bem, nessa semana "Nine" mandou uma mensagem para tia Mile, que por sua vez, enviou para mim e agora eu a envio para você...


Divirta-se.




Mile, que linda a homenagem de vocês... Já conhecia o blog, mas toda vez que entro, me emociono... Lembro demais de Daniel na sua casa quando íamos brincar depois das aulas no Zé Marcelino... 

 Na época, éramos mocinhas e ele,uma criancinha. 

Claro que ele nos apurrinhava mais que qualquer outra coisa (risos). Afinal éramos um monte de meninas falando sem parar, brincando de pentear cabelo uma das outras enquanto ele queria usar o mesmo espaço da casa para brincar! 

Hahahahah, lembra? 

No dia dos patins (e não skate como você postou) lembro que foi ele quem mais riu da minha queda como se dissesse 'ufa, só assim para essas meninas liberarem a área'. (risos)

Enfim, lembro também que ele te chamava de “Bibi” quando estava 'de bem' e quando estava enfurecido, de 'Jamile' mesmo.

  Querida, ninguém gostaria de estar em seu lugar. Aposto dólares nisso, mas tenha certeza de que o seu irmão deixou em todos apenas boas lembranças: uma pessoa de riso franco (Como deve ser bom ser lembrado pelo riso, não é?) de gestos simples, de boca porca (tem coisa melhor?), de bem com a vida! Como diria o nobre Renato Russo “É tão estranho, os bons morrem cedo”. De fato, não há o que explicar, apenas apostar que a vontade de Deus sempre será soberana e muito acima de qualquer tentativa de entendimento.


Beijo no coração!!!









segunda-feira, 25 de julho de 2011

Eternizando o Amor


Enzo, meu lindo, estive com sua tia Mile hoje. Fui buscar uma encomenda que ela trouxera de Nazaré. Quando nos vimos, nos abraçamos e a magia que rolou foi tão intensa, que não queríamos mais nos soltar.

Mais cedo ela me contou o encontro que teve com seu pai e eu fiquei emocionado. Quando a vi, luminosa como a manhã, só quis ficar junto dela, ratificando meu amor por ela, evocando nosso amor por Dan e mentalmente eu dizia: Velho, onde quer que esteja, receba esse amor. Nós te amamos. Senti a força e a presença da minha irmã e pensei: Não quero perder uma só oportunidade de estar junto dessa mulher.

Depois que nos despedimos, ficamos trocando mensagens pelo celular a fim de eternizarmos o momento que nos demos de presente. Quando cheguei em casa, entrei na internet e abri o e-mail que ela me enviou. Li então esse texto feito por ela...

Hoje, abracei Tony e  foi tão difícil soltá-lo. Não queria largar mais. Recostei meu rosto sobre sua face, senti seu coração bater junto com o meu... Queria que o tempo parasse que o tempo voltasse e que o mês de maio não tivesse existido e que Dida, meu irmão caçula, não tivesse partido.
Tento ser forte, mas parece que falta um pedaço dentro de mim. Os dias passam e a dor não...
É estranho olhar em volta,  tudo parece igual, mas agora é tudo diferente, Dida não está aqui. Acabei de falar com minha mãe, para pegar um pouco de força, para ouvir dela algo que acalmasse meu coração.
Sonhei com Dani hoje: ele estava pronto para viajar e me dizia apenas que estava indo para um lugar novo, que era necessário agora. Ele não sorria, mas estava com o rosto tranquilo, pés descalços e muito sereno.  Me sinalizava que não podia falar muito, ele estava bem! Eu fazia mil perguntas e ele não podia responder... Tive que acordar e voltar para realidade.
Tentei dizer: “Boa Viagem, meu irmão, e até breve”, mas não consegui, ainda estou aprendendo...
Desculpe por te amar desse jeito, desculpe minhas falhas, desculpe por não ter conseguido te tirar daquele Hospital  São Marcos quando você me pediu, desculpe por não ter sido a irmã perfeita... Desculpe por não estar sendo espiritualista o suficiente para aceitar a sua ida para o plano espiritual, sou humana e cheia de falhas.
Eu quero que o tempo passe e a dor também...
Te amo para sempre.
Da sua *Bibi...

PS.:* "Bibi" era a forma como Dani aprendeu a  chamar meu nome quando ainda era um bebê e ele me chamou assim durante muitos e muitos anos.

domingo, 24 de julho de 2011

Daniel Sam



Enzo, meu rei, teve um tempo na vida de seu pai, o cabra ainda era menino, em que ele curtiu Karatê. Eis uma foto que eu acho o máximo - Ele fazendo o Katá - conjunto de movimentos de ataque e defesa contido nas artes marciais japonesas - Gosto de ver o olhar dele, o jogo do corpo, a base, a concentração e desde cedo a gente já percebe a obstinação e a perseverança que norteariam a vida desse grande cara.
Dida é meu eterno Karatê Kid.


Olha essa agora, que lindo! Mesmo chegando a hora em que ele optou por deixar o Karatê, por ter percebido que o ciclo dessa prática havia se concluído, enquanto esteve apaixonado por isso, dedicou-se de corpo e alma, como o fez por tudo que despertou sua paixão. Seu pai é um homem eternamente enamorado.


E é com essa que finalizo essa postagem, mais uma homenagem de um irmão apaixonado por um irmão apaixonante e inesquecível. Não há um só dia em que eu não pense nem sinta Daniel Sam e sei que a recíproca é mais do que real.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O que me sustenta


Enzo, meu amado, além do meu agora e de alguns planos para o futuro, o que me sustenta são algumas lembranças do passado. Tenho muitas relacionadas a seu pai que me ajudam no sentido de eternizar o amor que nutro por ele. Entenda que por eu amar Daniel, não tenho a menor intenção de retê-lo aqui. Quero mais é que ele voe, porque o verdadeiro amor não pressupõe algemas e onde quer que ele esteja, eu estarei nele e ele, em mim. A morte física só separa os que não sabem amar. Guarde bem isso.

Lembro-me de Daniel puto porque minha mãe e tia Nice ainda impunham a ele ir à famosa Missa das Crianças aos sábados. Houve até um tempo em que a missa tinha lá seus encantos, mas depois que a gente passa a ver a igreja com olhos mais maduros, sabe que há também muita hipocrisia (fazer o quê? Uma instituição humana não pode ser, de todo, santa). Pois bem, eu e sua tia Mile já éramos um tanto hereges e Dan, espírito livre, também não conseguiu se moldar aos ditames católicos apostólicos romanos. A forma que ele tinha de protestar contra as imposições religiosas era fazer várias paródias (sacanas) das músicas de Padre Zezinho. Eu curto o pioneiro padre cantor, mas era irresistível presenciar seu pai cantando aquelas adaptações e não me descontrolar de tanto rir. Tinha uma música mesmo que era assim: “Há um barco esquecido na praia”. Daniel cantava “Há um barco esquisito na praia” – essa era uma das versões mais suaves, as demais são impublicáveis he he he.

Lembro-me também de quando eu, ele e Mile passávamos as tardes vendo a Sessão da Tarde com aqueles filmes repetidos e batidíssimos que sempre nos encantavam. O deleite estava em estarmos juntos e sempre eu fazia mingau de chocolate para nós três... A gente “se lavava”. Era delicioso! Não podia deixar de registrar além das tardes achocolatadas, as brigas que tínhamos para equalizar a distribuição de nhoques entre os três. Hoje ainda sou louco por esse prato, mas era bem mais engraçado – e até mesmo mais gostoso – quando o comia com seu pai e sua tia.

Num dia estávamos na casa de João Paulo (Bobó), em Berlinque. Eu, Dida, Bobó, Raimundo e um amigo de Raimundo que era uma autoridade. Tomávamos cerveja, comíamos tira-gostos e falávamos de política. A autoridade começou a tirar onda e a dizer algumas bobagens que deixaram meu irmão indignado. Chegou um momento em que o cara já tinha falado tanta asneira, que Daniel, sem se alterar disse pro homem: “Vá tomar no c... que não é assim que a banda toca”. Todos ficamos mudos, o indivíduo ficou sem chão e Dan defendeu seu ponto de vista que foi definitivo pra encerrar aquela discussão estéril que não nos levaria a lugar algum.

Certa tarde, na Escola Aildes Almeida, onde fui professor dele, o cara se juntou a uns colegas e começou a bagunçar na minha aula. A galera ficou quieta e ele continuou. Foi aí que perdi a cabeça e o chamei de “Vagabundo”, ele, para variar, me mandou tomar naquele lugar, e eu o mandei se retirar da sala. Ele saiu transtornado. Eu fiquei mais ainda. Uma coisa que odiávamos era nos desentendermos. Ele foi pro pátio e dei aula a pulso, com o pensamento nele. Ao final da aula, fui procurá-lo, pedi desculpas, ele também me pediu, nos abraçamos e caímos no choro. Nunca mais nos desrespeitamos.

Rapaz, me lembrei agora de uma madrugada... Dan ainda nem sonhava em namorar sua mãe e estava ficando com uma menina linda. Eu havia perdido o sono e decidi levantar para estudar, quando ouvi uns gemidos estranhos do lado de fora. Imaginando que era algum ladrão, peguei um porrete, respirei fundo (estava ame borrando de medo, mas não ia deixar o suposto ladrão agir sem uma represália), acendi as luzes e abri a porta com tudo... Era nada mais, nada menos do que seu pai e a mina assustados e nus como vieram ao mundo. sorri sem graça, a menina se cobriu com a rede e ele, se acabando de rir, me disse: “Vá deitar, seu empata-foda!” – Rimos horrores depois.

No dia em que ele foi assaltado e os marginais o espancaram e roubaram-lhe o carro, fiquei doido. Eu estava morando em Areias e soube do episódio. Seus tios Beto e Mile deram cobertura inicial a ele na delegacia, na hora de prestar queixa, depois eu e sua tia Ci o amparamos para fazer o exame de corpo em delito, lanchar e consolá-lo. Como sou um cabra passional (hoje em versão um tanto melhorada), comecei a amaldiçoar os bandidos e conjurar Uns Amigos para que desgraçassem com a vida deles. Dani estava com a camisa rasgada, a bermuda suja, os pés imundos, o olho roxo do murro que tomou, todo lenhado por ter sido agredido pelos covardes e mesmo assim, afagou meu ombro e me disse: “Faça isso não. Eu não tinha nada que reagir”... Aquilo me desarmou! Como é que o cara que tinha sido lesado pelos FDP estava ali reconhecendo sua responsabilidade no resultado daquele infortúnio e eu ainda estava cheio de ódio querendo a cabeça de cada um? Resolvi pegar leve: Conjurei Meus Amigos pedindo que fechassem os caminhos dos fora-da-lei. No mesmo dia foram presos.

Eu sempre me surpreenderei com Daniel. Um homem normal, cheio de defeitos, repleto de virtudes. E te digo, Enzo, procure conhecer a vida do seu pai, procure não repetir as coisas que ele fez que causaram mal a ele e faça o possível para seguir seu exemplo nas coisas em que ele fez a diferença e foi Mestre: Liberte-se das amarras religiosas e dos preconceitos, seja altruísta, não se deixe acorrentar pelas ilusões da política, reconheça seus erros, ame intensamente e sem reservas, assuma suas responsabilidades. 

Amo-te, meu Príncipe.

domingo, 17 de julho de 2011

Decodificando Dida

Enzo, meu amado, eu estava procurando algumas imagens de nosso velho Dida, seu papaizão, e aí encontrei essa que ilustra esse texto. Sabe do que se trata? Fiz essa foto quando fui visitá-los no Cabula, quando vocês ainda moravam lá. Acho que você ainda nem tinha nascido... Seu pai estava pintando o seu quarto.

Naquele momento fiquei tão encantado quando o vi completamente concentrado e cheio de amor, preparando o espaço pra você, que não tive outra alternativa senão registrar essa simples preciosidade.

A capacidade de generosidade e altruísmo de Dan sempre foi um exemplo pra mim. Sou até um cara legal pra algumas coisas, mas na Escola da Doação onde meu mano é Doutor, eu sou apenas um Calouro.

Aí minha mente viajou, para variar, e lembrei de outros fatos: Teve um aniversário dele em que o cara comprou muitos pães e foi doá-los numa comunidade carente; noutro aniversário, doou cestas básicas noutra comunidade.

Durante um tempo, ele trabalhou num programa de televisão que se propunha a melhorar a vida de pessoas. A produção selecionava alguém necessitado, ele acompanhava essa pessoa durante alguns dias e providenciava o suficiente para transformar a existência dura daquele indivíduo. Sempre que nos encontrávamos, ele me contava, com lágrimas nos olhos, as alegrias que sentia quando podia ajudar cada ser humano. Isso sempre fez com que eu me orgulhasse dele.

Ele sempre me incentivou a escrever e adorava ler o que eu produzia. Mesmo "apertado" financeiramente, me ajudou a publicar meu primeiro livro "Pela Janela - A História de Uma Sacerdotisa" e quando comecei a trabalhar no projeto de lançar o seguinte, "PEDÓFILO - O limite entre o algoz e a vítima", passou a me auxiliar mensalmente e a me chamar de idiota todas as vezes que eu, emocionado, agradecia o seu apoio. 

Quando comecei a publicar "OS SETE CIGANOS" no blog ARUANDA, ele se amarrou na história, e quando me ligava, à noite, geralmente estando num hotel ou num aeroporto, ou num restaurante, após um dia exaustivo de trabalho, comentava sobre o que gostara e do que não gostara na aventura. Sempre, no final da ligação, dizia: "Titom, poste um novo capítulo hoje, vá... Não me deixe dormir sem eles". E eu o fazia, por ele e por quem estivesse curtindo a saga.

Numa terça-feira, antes de ser internado, quando ainda estava em Fortaleza e já se preparando para A Grande Viagem, a gente se falou e pela última vez ele disse pra mim: Titom, poste um novo capítulo hoje, vá... Não me deixe dormir sem eles. Eu postei... Depois que ele se foi, perdi o tesão para continuar postando.Sabia que precisava concluir a história, fechar o vórtice, mas não tinha disposição alguma.

Fui aprendendo a lidar com a dor,com a falta, com a ausência dele e aos poucos, fui retomando a motivação para chegar ao fim e tenho plena convicção que fiz isso... Por ele. Aonde quer que esteja, sei que vibrou comigo quando postei o último capítulo da saga dos Filhos do Vento e que está vibrando agora que iniciei mais uma aventura gitana.

Amo seu pai demais da conta. Não sou cego com relação às sombras dele, mas posso dizer com plena convicção, que a Luz de Dida é tão bela, que sempre prevaleceu sobre seus equívocos.

Como sua avó Mari disse, ele agora habita numa estrela... Penso que nesse momento não haja lugar mais apropriado para esse menino que tenho o orgulho de chamar de Meu Irmão.





terça-feira, 12 de julho de 2011

Conversa entre Mile e Marina


Enzo, meu lindo, olhe que texto bonito sua tia Mile me enviou...


Dia 11/07/2011, cheguei em casa depois de um dia inteiro de trabalho e  recebo uma chuva de perguntas de Marina (4 anos e 2 meses):

- Mamãe, o que a gente precisa fazer para ficar aqui no chão?

- No chão como, Mari?- Quis saber.

- Sem ter que ir ficar com Papai do Céu.

Na minha ignorância, procurei respostas e disse:

- Precisamos ser sempre bons, não fazer desobediências, ajudar aos outros e viver de bem com todo mundo, mas vai ter um dia que a gente vai precisar ir trabalhar lá em cima.

Ela, com a sabedoria que tem, me questionou então:

- Tio Dida desobedeceu, foi?

Por alguns minutos fiquei calada e respondi:

- Não anjo, ele não desobedeceu, mas Papai do Céu precisou chamá-lo antes de um monte de gente porque ele precisava de alguém forte, engraçado e batalhador, então ele teve que ir.

Ela respirou fundo e decretou: 

-Eu quero demorar um monte de dia para ir pra lá e não quero que ninguém tenha que ir mais.  (Ela falou alto, olhando para cima, como se fosse para Deus ouvir)...

Meus olhos se encheram de lágrimas e não consegui responder nem falar mais nenhuma palavra. Engoli o choro e sequei as que rolaram do meu rosto. Olhei os olhos da minha pequena que começava a compreender as coisas desse mundo.

Beijo irmão.
Te amo,Mile.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Fúria das Pipocas

Enzo, meu menino lindo, essa história foi escrita e enviada por sua tia Mile. Dê uma sacada agora no que seu pai, ela e seu tio Beto aprontaram no Center Lapa...
Mais um registro para o Livro O presente de Enzo:

Certo dia, eu Beto (meu marido) e Daniel resolvemos ir ao cinema. Morávamos nós três no Barbalho e fomos para o cinema do Shopping Center Lapa. O filme em cartaz eu nem me lembro, mas o episódio vivenciado lá, ficou marcado e jamais será esquecido.

Lá no Cine Center Lapa o ingresso acompanhava um enorme saco de pipocas. Compramos nossos ingressos, pegamos os vales-pipocas e trocamos pelas benditas pipocas.

Acomodamo-nos em nossas cadeiras e quando as luzes foram apagadas, uma criatura que havia sentado nos fundos começou a jogar pipocas na gente. Beto e Dani passaram o filme todo tentando descobrir o F.D.P. que estava conseguindo atrapalhar o nosso “cine pipoca” e fez com que a gente nem conseguisse ver o diabo do filme.

Beto já estava injuriado, parou de comer as pipocas, amassando o saco quase cheio que estava nas mãos. O filme todo passando e as pipocas voadoras nos atrapalhando. 

Finalmente o filme terminou, as luzes foram acesas e os nossos olhos varreram o fundo do cinema. O saco de pipocas nas mãos de Beto parecia mais uma pedra. Dani e Beto só queriam descobrir quem havia sido o “maledito” que atrapalhou nosso filme.

Para nossa sorte ou azar, uma Criatura de Deus sinalizou para gente quem foi El Atirador de Pipocas.

Naquele momento os olhos de Dani e de Beto eram vingança!

Beto falou com Dani:- Vamos lá,cunhando, dá uma lição nesse cara!

Detalhe, o cara era enorme... Mas mesmo assim Beto pensou alto: “ele é forte mais somos dois!”

Apressamos os nossos passos e nos aproximamos o máximo que podíamos, eu fiquei morrendo de medo, fiquei só imaginando a cena: Pipoca para todos os lados, Beto e Dani se embolando com o cara, vidraçaria de loja quebrando, aquela confusão.

De repente Beto aperta o saco de pipocas o transformando numa arma, num pedregulho, no meio da escada rolante, o saco é disparado contra as costas do fortão. Foi pipoca e sal para todos os lados, a cabeça do cara ficou cheia de pipocas e branca de sal. O cara se virou, tipo câmara lenta... A escada rolante chegou ao fim, o cara andou olhando para trás e Beto começou a falar:

- Jogue pipoca agora, seu otário!

Quando Beto olhou para trás procurando Daniel para não ter que enfrentar o grandalhão sozinho, Dani já tinha corrido quase 500 metros e estava se acabando do rir. 

Ele dizia:

- Vai, sacana!

Beto não teve como cair na gargalhada também e ainda continuou a peitar o cara dizendo:

- Jogue pipoca agora, se você tem coragem!

Ainda bem que o cara não quis mais confusão, porque caso contrário, Beto ia ter que se virar sozinho. Daniel não conseguia parar de rir e voltamos para casa às gargalhadas e Beto ia abusando Daniel.

- Mas Cunhado, você ia me deixar sozinho?! 


A noite terminou com risos e suspiros.

domingo, 10 de julho de 2011

Curtas do Velório - III - A Turma do Funil

Meu lindo, essa foi sua tia Malu Cardoso que relembrou e eu tratei de enfeitá-la.

Estávamos eu, Malu Cardoso, Dida e Ricardo de bobeira no Maria Maria. Era o dia do Eclipse Total da Lua e a gente deu inicio a um debate para definir aonde iríamos ver o tal fenômeno.

Algum iluminado entre nós, realmente não me lembro quem, porque estávamos todos entrando em estado alterado de consciência, ou seja, nos embriagando, sugeriu irmos para Barra Grande. Ideia aceita. E lá fomos nós.

A gente ia ouvindo som, curtindo a noite, falando merda, fofocando, soltando flatos, Dida no volante, coisa bem básica e à proporção que nos afastávamos de Nazaré e nos aproximávamos da ilha, sacávamos que o céu estava ficando mais nublado e que era certa a chegada de uma tempestade.

Chegando em Barra Grande, tivemos uma grata surpresa: encontramos Rogério Pan, nosso grande broder, que se juntou a nós nessa empreitada lunática. Cheios de alegria, fomos a um local recomendado por ele a fim de presenciarmos o Eclipse.

Sentamos na areia, a farra rolando solta, bom papo, céu nubladaço, vento frio da moléstia, relâmpagos e trovoadas. Nada de Lua Cheia que entraria em Eclipse (Tudo isso me lembra a Saga Crepúsculo – tem nada a ver, né?)

Como para nós, nunca houve tempo ruim, continuamos nos divertindo e num determinado ponto, todos enlouquecidos, me levantei e disse:

- Vou fazer o giro.

O giro é um exercício que nos ajuda a ampliar nossa consciência e visão do mundo e não deve ser feito por pessoas que não estejam sóbrias.

- Deixe de onda, irmão – disse Dida – Você já tá “bebo”, pra que vai girar?
- Pra receber melhor as influências mágicas do eclipse.
- Porra de influência mágica. Você vai é se foder...

Fui para a beira da praia, fiz o exercício, fiquei legal e voltei para perto deles me gabando. Ricardo era o mais enlouquecido de todos nós, pra variar, e decidiu fazer o giro também.

- Não vai prestar – praguejou Dida gargalhando.

 O exercício consiste em dar 33 voltas em torno do próprio eixo, o que normalmente deixa o cabra meio tonto no final, mas mesmo assim, ele quis fazê-lo.

O Katatau chegou ao mesmo lugar que eu tinha ido, concentrou-se e pôs-se a girar. Na décima volta, perdeu o equilíbrio e pow! Estabocou-se no chão.

Todos não nos aguentamos de tanto rir.

- Vixe, irmão – disse-me Dida – Isso vai matar Ricardo, vá dar uma força a ele.
- Precisa não – Gritou Ricardo lá jogado no chão, tentando se erguer – Eu tô bem pra caralho.

Ricardo se ergueu e pôs-se a girar novamente. Na quinta volta, Pow! Estabocou-se mais uma vez, de cara na areia.

Mijamo-nos de rir.

Penso que Ricardo estava no papel de Stallone vivendo Rock, o lutador. Encheu-se de determinação, “um certo ar cruel de quem sabe o que quer” e cambaleando, ergueu-se mais uma vez, concentrou-se e girou. Na terceira volta, Pow! Já sabe, né?...

Crise de riso.

Ricardo se injuriou e sabiamente decidiu que não convinha mais tentar girar naquela noite fantástica. Tomamos vinho, otras cositas más, rimos muito, vimos relâmpagos, ouvimos trovoadas e Eclipse mesmo que era bom, nada.

Regressamos para Nazaré e no trajeto, quando estávamos passando pela Ponte do Funil, Dida me pediu:

- Titom, cante uma música pra nós.

Trouxe a energia de Ângela Maria, adicionei uma pitada de “Empombagiramento” e comecei a cantar:

- Chegou a Turma do Funil/ Todo mundo bebe/ Mas ninguém dorme no ponto/ Ui, ai, ai,ai, ai/ Mas ninguém dorme no ponto/ Nós é que bebemos/ Vocês que ficam tontos/Ui, ai, ai, ai, ai.

Quando me dei conta, estavam Malu, Dida, Ricardo e Pan (que voltou conosco) rindo horrores e cantando a adaptação comigo. Foi emocionante e ali nasceu “A Turma do Funil”, confraria de curtidores e livres-pensadores que se dedicavam ao prazer, aos excessos, ao desfrute, à livre expressão de ideias e emoções e deu muito o que falar na pequena e pacata cidade de Nazaré como também arrastou seguidores por um bom tempo, embora jamais houvéssemos tido a intenção de fazer daquele delírio, um movimento.

VIVA DANIEL!

sábado, 9 de julho de 2011

Tatoo

Enzo, meu anjo, fiz essa foto no aniversário de sua avó Marinice.

Seu pai havia tatuado seu nome no braço dele. Eu a postei no meu Orkut, e olha só o comentário que ele fez em 05 de fevereiro de 2011. 

"10 foi o ardor na hora de fazer. 20 o prazer depois que sarou. 100 em saber que é uma marca do meu filho que vou levar pra sempre. Que venha mais... (tatuagens rsrsrsrsrs)"

Eu me comovo sempre que ratifico esse Amor imensurável que ele sente por você.

Curtas do Velório - II - Amigos Fiéis


Essa já foi narrada pelo seu tio Osvaldo. E é uma pena que eu não tenha, nesse momento, uma foto dele para postá-la, então vai mesmo a do seu pai tatuando seu nome no braço dele.

Osvaldo estava pegando uma menina em Barra Grande. Chegou lá num domingão ensolarado, tirando onda, maluco pra reencontrar a desinibida e a primeira notícia que soube, o deixou puto: contaram pra ele que Dida tinha ficado com a dona na noite anterior.

Osvaldo parou numa barraca e começou a comer água. Foi inchando, inchando, inchando, queria a cabeça de Dida e da criatura.

Dida chegou todo garboso “no miolo” das barracas, Osvaldo o encarou com olhar de rapina e o chamou:

- Daniel, chega aí.
Dida riu um riso de canto de boca e se aproximou do cara.
- Senta aí.
Dida sentou.
- E aí, qual é a boa? – Perguntou Dida.
- Como é que se fica com minha mulher, seu porra?
- Como é, rapaz?!
- Eu soube que você ficou com X ontem.
- Ô velho, não sabia que você tava pegando ela não.
- Você me deu corno, Daniel! Todo mundo sabia. Como é que justo você não ia saber?
Dan não aguentou mais e caiu na gargalhada:
- Foi mal, velho... A menina só quer curtir.
Osvaldo também riu e os dois passaram a beber juntos.
Em determinado momento, a desinibida chega ao recinto e ambos a chamam à mesa. destemida, porque de fato devia nada a ninguém, vai ao encontro deles:
- Tá certo o que você fez? – Perguntou-lhe Daniel.
- Não tô entendendo – disse a moça.
- Como é que você ficou comigo estando com meu amigo?
- Como é que você ficou com meu amigo, estando comigo? – Foi a vez de Osvaldo.
A “tchutchuca” começou a se explicar, os dois puseram-se a sacaneá-la. Ela sacou a onda, mandou-os tomar naquele lugar e foi-se embora.
Quanto aos amigos fieis, ficaram a tomar cachaça e a se divertir até o fim do dia.
VIVA DANIEL!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Curtas do Velório - I - Mães


Enzo, minha luz, embora todos estivéssemos tristes no dia do velório de Dida, não faltaram grandes amigos nossos a contar casos hilários do seu pai, o que tornou nossa dor mais suave e nos predispôs a encarar as dificuldades do momento com mais força.
Essa primeira foi contada por seu tio Ricardo. Divirta-se...


Para nós, mais chegados a esse cara, é novidade nenhuma dizer que ele sempre teve uma forma bastante sutil de esculhambar as mães dos amigos e de permitir que estes audazes cavalheiros  fizessem o mesmo com aquela que o pariu.

Sei que nosso velho Tito nunca teve estômago para esse tipo de brincadeira, mas mesmo assim, não segurava o riso quando Daniel vinha com todas as gentilezas destinadas a essas mulheres valentes que tiveram a coragem de abrigar um ser (ou vários) por nove meses no bucho.

Sem mais delongas, o fato foi o seguinte: estava Daniel passando pelo bairro do Batatan, na Terra Morena, no seu carro envenenado, vidro fumê, quando Ricardo Tupinambá, nosso “broder” Katatau, disse em alto e bom tom, para que Dan e toda a rua ouvissem, uma majestosa saudação:

- DANIEL, FILHO DA DESGRA... (Não pense que escreverei essa palavra leve como uma pluma até o fim).

O eco da sentença se espalhou pelos quatro cantos da rua e peço que você agora imagine a cena rolando em câmera lenta: Fundo musical no carro: um cd de Silvano Sales. Daniel olha pra Katatau e abre seu inconfundível sorriso de dentes tortos. Katatau todo vermelho e grande, e cheio de braços e pernas ri aquele riso amplo de doido e fica todo prosa. Daniel pára o carro. Ricardo está do outro lado da rua fazendo menção de atravessá-la para se aproximar do amigo. Daniel abaixa o vidro do banco de trás e com o polegar dobrado, aponta nossa genitora sentadinha no mesmo, lépida e fagueira.

Mami deu um sorrisinho e um aceno de Rainha da Inglaterra, deixando claro para Katatau que era uma pessoa inatingível. Daniel riu sacanamente da cara do amigo, que de vermelho, ficou amarelo e cujo sorriso, deu lugar a uma careta ridícula de “Sem-gracisse”. As pernas de Katatau viraram chumbo e ele não conseguiu mais se mexer, estancou no local, e o velho Dida deu a partida com o carro, partindo com Marinice, rindo do constrangimento do nosso “broder”.
VIVA DANIEL!

A História de Edu - Versão revista e ampliada da História de Guido



Enzo, meu irmão, a insanidade continua. Seu tio Edu disse que faltavam alguns detalhes na História que Guido contou a Mile e me enviou uma remasterização da mesma. Saca só...

Um dia, há algum tempo atrás, estávamos: Eu, Daniel, Léo e Guido “comendo água”  no Maria Fumaça numa noite de natal, depois de sairmos de nossas casas e suas respectivas reuniões natalinas. Estava tendo Nedson e Neander, dupla de Arrocha da época, e lá pelas tantas a cerveja acabou. E imagine de onde surge uma brilhante ideia para solucionar a falta do liquido precioso? Pois é, dele mesmo: Daniel.  

Ele falou:
 - Bora roubar a cerveja do freezer de Tio Del?
Isso porque eu, ainda “inocente”, tinha “largado” que o freezer estava cheio de “brêjas”. E como estávamos todos ainda querendo comemorar, topamos!

Chegamos de mansinho, abrimos o freezer e fizemos a limpa de algumas cervejas. A farra continuava, e tome cerveja. O primeiro lote de cervejas roubadas “ainda mais gostosas” havia acabado e lá voltamos para o segundo rapto.  Apenas eu ainda não bebia muito “cerveja” naquela época; já os outros, tomavam-na feito farinha de Nazaré. O freezer de Tio Del “Calelé” sofreu um baque.

Para encerrar o dia, ninguém mais nem menos que Dani, teve uma nova ideia: tomar banho de rio ou de mar para fechar a noite com “chave de ouro” e “pro dia nascer feliz”, como já dizia Cazuza. E mais uma vez, todos nós, seguidores do professor de farra e esbórnia Luiz Daniel, topamos e decidimos juntos, ir à Praia dos Garcês.

Dessa forma, a chave do carro de tio Zé e Daniel (na época, já o Palio branco novinho) foi entregue a mim, o único sóbrio, que na época tinha de 13 para 14 anos, eu acho.

Tudo pronto pra sair, todos travados, eu animado. Até que, antes de sair, a mente escrota de Daniel teve a penúltima grande ideia da farra. Pediu ele, um papel e uma caneta pra o caçula do grupo, e eu, fui atender o seu pedido pensando: “ Pra que desgraça esse cara quer um papel e uma caneta uma hora dessas, com a mente cheia de cachaça?”

Foi aí que depois de entregá-lo o material, assistí, junto à corja, a produção de um bilhete redigido por Daniel e destinado a tio Del, tia Nalde e o restante das visitas familiares:

(Dizia mais ou menos o seguinte...)

Tio Del, Tia Nalde, Família...

Deixamos esse bilhete para nos despedir de todos vocês
E aproveitar para pedir desculpas. Querendo assim que um dia nos perdoem.
Pois ontem, ficamos todos bêbados, caímos na asneira de entrar em jogatinas
Em uma casa de jogos, onde nós apostamos o carro de meu pai e essa casa!
E por infelicidade do destino, perdemos!

Tio Del, levamos Edu.
Mileide, levamos Léo, não vai ter mais noivado.

Um dia agente volta!

Um abraço.

Deixamos assim, o bilhete colado na geladeira, pegamos as cervejas, colocamos no carro e partimos. (Na volta encontramos a família no mínimo, assustada)

No meio do caminho, numa estrada de chão que demorava anos prá chegar nos Garcês, eu dirigia feliz da vida, mas, sob a atenção tonta e totalmente sem noção pelo álcool de Guido. Léo, que caindo pelas tabelas, recebia murros, tapas e gritos perversos de Daniel, digo, perversos! A cada vez que cochilava. E Daniel, que quando não batia, botava a cabeça pra fora da janela e gritava:

-Vá se fudeeerr, passarinhooo!!!
-Va se fuderrr, posteee!!!
-Vá se fuder todo mundo!!!
E até mesmo um pacato nativo com o seu burrinho que ia devagar pela estrada.

Quando chegamos, já era dia. A paisagem era divinamente linda, a maré era rasante. Guido pediu para invadir a praia com o carro pra que agente pudesse ouvir música tomando banho e comendo água. Acho que nós ouvíamos Exaltasamba com aquelas músicas em que Daniel se retorcia, fechava os olhinhos e mordia a língua no canto da boca pra cantar. Risos. E assim, eu obedeci.

Daí, Daniel que já estava trôpego em direção ao mar teve a última e mais escrota ideia, pelo menos pra mim. Ele obrigou todo mundo a ficar nu, pra tomar banho. Eu odiei a ideia porque sempre fui um jovem com cabeça de velho e principalmente porque tava com vergonha e MEDO de ficar “humilhado” com o tamanho do pinto. (É que eu era o caçulinha do grupo, sabe? Risos!!!) Mas, brabo do jeito que ele era, correu atrás de mim e me forçando a tirar, rasgou minha cueca novinha, especial pra noite de natal, Risos! Eles não me sacanearam.

Aí não teve mais jeito, entramos na água, que por sinal tava muito boa pra uma manhãnzinha, quando vimos de longe passar o mesmo nativo matuto do burrinho na pista, passar , olhar e fazer um sinal peculiar de reprovação social. Foi quando Daniel se levantou com aquela barriga grande e com o pinto murcho de frio e gritou:

Né viado não, meu senhor. É tudo primo!  ashaush

         
              As gargalhadas ecoaram naquele local onde o cheiro da água do mar se misturava ao da cerveja e o suor de primos que se amavam, que se amam e sempre se amarão.

Viva Daniel.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Dois meninos lindos

Enzo, meu lindo, quando sua mãe me mandou essa foto sua, eu estava depressivo.

Parece que ela estava adivinhando, pois quando a vi, minha alma se encheu de festa e o que estava sombrio, virou luz.

O que estava feio ficou bonito.

Onde havia ódio, habitou o amor.

E aí abri um sorriso gostoso, saí da concha, peguei um rastelo e fui limpar o bosque que estava carecendo de uma boa sacudida.

Enquanto recolhia as folhas secas do solo, lembrei de uma foto antiga de seu pai. Ele vestido de Limãozinho, num desfile da escola pelas ruas de Nazaré. Fiquei doido, larguei o rastelo e fui procurá-la.

Não é que a encontrei. Saca só que lindo:

Você e Dida são carne da minha carne, sangue do meu sangue, alma de minha alma. Amo-os demais!

terça-feira, 5 de julho de 2011

A História de Guido


Enzo, meu lindo, essa história foi contada por seu tio Guido a sua tia Mile e ela, por sua vez, a enviou para mim. Viaje na onda. Te amo, bambino...
                Um dia, há algum tempo atrás estavam: Daniel, Léo, Edu e Guido “comendo água”  no Maria Fumaça... Lá pelas tantas a cerveja acabou e imagine de onde surge uma brilhante ideia para solucionar a falta do liquido preciso? Pois é, dele mesmo: Daniel.  Ele falou:
                - Bora roubar a cerveja do freezer de Tio Déu?
                Como estavam todos ainda querendo comemorar, sabe-se lá o que, toparam e foram eles dirigindo o famoso Chevetinho EP 1515 de Curió.
 Chegaram de mansinho, abriram o freezer e fizeram a limpa de umas 10 cervejas... A farra continuava e tome cerveja.
O primeiro lote de cervejas roubadas “ainda mais gostosas” havia acabado e lá voltaram eles para o segundo rapto.  Apenas Edu não bebia naquela época; os outros, tomavam  cerveja feito farinha de Nazaré. O freezer de Tio Déu “Calelé” sofreu um baque.
                Para encerrar o dia, ninguém mais nem menos que Dani criou uma nova ideia: tomar banho de rio para espantar o calor daquela Terrinha. A chave do carro foi entregue a Edu, o único sóbrio que na época tinha de 13 para 14 anos, eu acho.
                Quando chegaram no bendito rio, todos tiraram as roupas; Ficaram nus como nasceram... Um mundo de risadas se misturavam as brincadeiras e os olhares de pessoas que estavam ao redor começaram a surgir na direção daquele povo maluco, de repente sem que ninguém esperasse, Daniel se levanta, com tudo de fora e uma mata à vista, coloca a mão na cintura e diz em voz alta:
                -Né viado não, minha gente, é TUDO PRIMO.

                As gargalhadas ecoaram naquele local onde o cheiro de água do rio se misturava ao da cerveja...

VIVA DANIEL.

                Senti-me obrigada a registrar isso... Caso os integrantes dessa façanha se lembrem de mais detalhes ou tenha algo a corrigir, podem ficar à vontade.
            By: Mile
            

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Aparelho Ortodôntico


Enzo, figura, olhe o que o velho Dida aprontou... Sua tia Mile postou esse babado nos comentários... Você acha que eu iria deixá-lo lá? De jeito nenhum. Virou textão.

Acabei de lembrar quando Dani teve que usar aparelho Ortodôntico Móvel.  Dra. L. o fez e nem cobrou a meu pai, por serem colegas (dentistas).
Primeiro, era um processo Daniel usá-lo... Pense ai!?? 

Certo dia ele foi jogar bola, no campo da AABB e colocou o pobre aparelho móvel no bolso (furado por sinal)... Higiene perfeita e sumiço do aparelho garantido.

Daniel chegou em casa com medo da bronca de Marinice, mas feliz da vida por continuar com os dentes tortos.

Minha mãe e meu pai não tiveram cara de voltar à dentista.

TiTom... Recordar é viver!!!

Viva Daniel