quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Um poema para Enzo

Seus olhos são as estrelas mais lindas que já vi
Seu sorriso me faz crer que a vida pode dar certo
Sua presença é doce e suave
Você é o guerreiro da paz e nasceu para vencer

Quando tudo estiver escuro
A chama que arde em seu coração será sua luz
Quando o mundo te disser não
Você será capaz de encontrar seu sim
E eu vou estar contigo, Enzo,
É só me enviar seus sinais

Na tormenta serei seu farol
Na dor, seu bálsamo
Na solidão, seu amigo
No vacilo, seu apoio

A coragem de suas escolhas para mim é um exemplo
A força da sua alma, alento
O poder do seu espírito, inspiração
Ser sangue do seu sangue, o maior presente

Parabéns, Grande Homem!

29/09/2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Texto de Paty

Enzo, meu príncipe. Tá chegando o dia de seu aniversário. Dois aninhos, né véio? Olha só que presente lindo sua tia Paty mandou pra você – embora você só vá lê-lo daqui a algum tempo. Te amo, lindo!

Para Enzo:

Conheci Daniel ainda molecote, com uns 6, 7 anos. Naquela época já era uma figurinha, cuja presença não passava despercebida. Lembro dele usando um kimono, voltando de carro, com seu avô Zé, das aulas de karatê. Eu e Toni (então namorados) conversávamos na varanda da casa deles em Nazaré e ele chegava falando pelos cotovelos, embolando a voz, tentando contar que, no final de semana haveria uma competição para mudança de faixa.

Achei seu pai um menino engraçadíssimo! Os anos foram passando, eu saí de Nazaré e meu convívio com Daniel deixou de existir. Quase nove anos nos separam, além disso, minha convivência sempre foi maior com seus tios Toni e Mile.

Em 97, aniversário de Jamile e chá de fraldas de Malu, revi Daniel depois de muito tempo. E aí levei um susto: o garoto gorduchinho crescera, perdera peso e se tornara um belo rapaz, que além de bonito era “tirado a sedutor”. Digo “tirado” porque jamais levaria a sério a paquera de um menino que vi crescer.

Em 1999, Jamile veio morar em nossa casa, em Salvador, e isso acabou reaproximando nossas famílias. As visitas de Toni e Daniel se intensificaram, a presença da pequena Malu também, os feriadões na ilha, os “aprontes” em Nazaré, as farras e bebedeiras estreitaram ainda mais nossos laços.

Daniel, agora chamado de Dida, trazia alegria, tinha sempre uma solução “não muito ética”, que todo mundo adorava. Ele parecia não ter medo, era ousado. Ou então era a irresponsabilidade própria da idade mesmo.

Quando Dida passou no vestibular, tia Marinice e Zé compraram o apartamento deles e entre lágrimas, Jamile nos deixou. Dida ajudou a carregar as muitas malas da irmã naquela tarde e nossos encontros se escassearam. A partir de então nos encontrávamos nas festinhas familiares.

Não pude ir ao casamento de seus pais, mas fui, já com Bento, ao seu chá de fraldas. Dida parecia animadíssimo com a sua chegada e a feijoada estava maravilhosa.

Pequeno Enzo (talvez não tão pequeno quando ler esse texto), a última vez que vi seu pai, ele estava com você nos braços, em frente ao Ponto 10, numa tarde de Semana Santa, em Nazaré. Ele e sua mãe transbordavam de felicidade por terem sido presenteados com sua chegada. Exibiam orgulhosos aquele bebê lindo, de 7 ou 8 meses: você!

Não tenho nenhuma lembrança ruím de Dida, e essa última me deixou a impressão de um homem maduro, amoroso, vivendo para sua família.

Seja feliz, menino Enzo. Seu pai foi um presente para todos nós!

domingo, 4 de setembro de 2011

Dida e a Banda

Príncipe Enzo, esse é mais um dos momentos memoráveis de seu pai: a primeira vez em que ele tocou na banda da escola, num desfile de 7 de setembro.

Ele ensaiou com a dedicação que sempre devotou a tudo pelo que se apaixonou. Empenhava-se nos ensaios, enchia meu saco em casa batendo nas panelas e latas, criando outros toques, pedindo opiniões, quando eu tinha saco, até me pronunciava; quando não, olhava pra ele com cara feia e ele ria aquele riso bonito e me mandava tomar naquele lugar - pessoa espirituosa, não?

Quando a data do desfile se aproximava, porém, seu pai caiu doente. E aí, o bicho pegou, velho. Todos os indícios mostravam que ele tinha condição nenhuma de se apresentar, o cara ficou arrasado, fiquei morto de pena dele, sua avó Marinice tentou de tudo para consolá-lo, mas aí o brother reagiu bonito e disse que tocaria de qualquer jeito.

E assim foi feito. O menino-homem recuperou a força, venceu o que lhe enfraquecia e sob o olhar vigilante de minha mãe, tocou durante todo o desfile, cumpriu bem a missão e fez bonito. Viva Daniel! Sempre.
Dida e os colegas da banda.