terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Onde ele estiver, tem Carnaval

Enzo, meu sobrinho, é impossível esquecer do riso solto, do escândalo, do escrache, do deboche e da presença de Dida em qualquer momento que vivo.

É impossível esquecer suas ponderações sérias, seu ar muitas vezes mais adulto do que o meu, seu abraço forte de urso e o melhor amigo que tive - e tenho - onde quer que ele esteja.

Seu pai sempre amou Carnaval e se soltava bonito em todas as festas que ia. Onde quer que esteja, talvez agora apreciando todas as ilusões terrenas com um pouco de mais moderação, deve ainda curtir. Vejo-o levantando os braços, fazendo "Paz e Amor" com os dedos e indo na levada...

Ano passado, 21/02, eu, ele e sua tia Mile estávamos juntos, festejando o aniversário dela, que na verdade é no dia 22, mas como a nossa amada Pisiciana ia viajar, antecipamos o reggae. Hoje, 21/02 fui dar um abraço nela, porque ficaria complicado fazê-lo na Quarta de Cinzas - "minha alegria atravessou o mar e ancorou na passarela" quando senti a energia dele bem junto da gente, num momento ímpar em que celebrávamos o Amor, a Vida e a Amizade.

Meu irmão para mim sempre será uma Lenda Viva e Real... Isso é bem coisa de quem ama. É bem coisa de quem é apaixonado. É bem coisa de um cabra que vive de amor por outro. 

O Império Momesco se finda e a Festa da Vida continua. Daniel, o eterno folião, permanece vivo e onde ele estiver, tem Carnaval.