quinta-feira, 16 de junho de 2011

Quando a morte ronda - Parte Final

Esse foi o último texto, meu sobrinho querido, postado em 26 de maio de 2011.


Ao lado está seu pai, ainda bebê, nos braços de sua bizavó materna, "Dita" - uma mulher formidável da qual muito me orgulho pela coragem e força que teve durante a vida de ser ela mesma e lutar pela própria felicidade. Ela também deu o zig...Já faz algum tempo e se ainda não voltou, deve estar lá com ele, relembrando outras histórias e dando boas gargalhadas.


No dia 24 de maio de 2011, fiz o maior exercício de desprendimento material da minha vida: seguindo a orientação espiritual do meu menino, votei a favor do desligamento dos aparelhos que mantinham o seu coração batendo, mesmo ele já estando em morte cerebral, (condição irreversível) e presenciei tal ato.


Instantes após, sua passagem foi concluída e sua libertação, conquistada. Examinando todo o processo em que estávamos inseridos, tive o seguinte insight: Tanto as pessoas que discordaram do desligamento como as que optaram pelo mesmo tinham, têm e terão algo em comum: O Amor por Daniel. E apesar das diferenças entre essas pessoas, em nome desse amor, escolhemos a conciliação, ainda que permaneçamos discordando uns dos outros.

Mais uma lição que ele nos deixa: Somos artífices do nosso próprio destino, criadores da nossa própria realidade e Senhores de nossas próprias escolhas. Alguém pode argumentar que a dissociação entre alma e um corpo é tarefa da espiritualidade ou do Guia Pessoal do indivíduo encarnado. Na minha amplitude, porém, eu enlouqueço e questiono: Se todos somos ESPÍRITOS porque não assumimos de uma vez por todas nossas destinações e alternativas? Se somos ESPÍRITOS, temos o poder de decidir nossa rota. Não é minha intenção me fechar em nada - apenas endoidecer.

Diante do que vivenciei, conclui que existem crenças que limitam e crenças que ampliam. Ainda assim, o verdadeiro amor é superior a todas elas e traz nos seu bojo a essência da liberdade. Creio que assim como temos o direito de decidir a hora em que vamos nascer, também o temos de determinar o momento da nossa passagem. Isso não é crime! É tomarmos as rédeas do nosso destino nas próprias mãos e nos apropriarmos da nossa condição de Deuses - poder que um dia as religiões usurparam de nós e que agora, pelo esforço individual e auto-conhecimento, estamos recuperando.

Nenhum princípio é maior que o ser humano. O que foi fechado haverá de se abrir e quem quiser evoluir, terá, inexoravelmente, que mudar suas convicções mais firmes e abandonar suas verdades e dogmas mais arraigados. Finda-se o tempo da ignorância. A Luz toma conta do planeta e as consciências alçam vôo livre. Preparemo-nos para a maior Revolução de todos os tempos. NAMASTÊ!

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